Dia do Médico Veterinário
No dia 4 de Outubro de 1991, foi publicado o Estatuto que criou a Ordem dos Médicos Veterinários, O.M.V., dando início a um novo marco na História da Medicina Veterinária em Portugal, que determinou como atribuições “a defesa do exercício da profissão veterinária, contribuindo para a sua melhoria e progresso nos domínios científico, técnico e profissional, o apoio aos interesses profissionais dos seus membros e a salvaguarda dos princípios deontológicos que se impõe em toda a actividade Veterinária.”
Por feliz coincidência, a data que marca o Dia do Médico Veterinário em Portugal, coincide no calendário litúrgico, com o dia de São Francisco de Assis, nascido na cidade de Assis entre 1181 e 1182 e que morreu no dia 4 de Outubro de 1226.
Santo protector de todos animais a quem são atribuídos milagres de cura – que povoam o imaginário como a burrinha Violeta e do seu dono, o menino italiano, Pepino, que pediu ao Papa que mandasse abrir uma passagem na capela da aldeia, para que o animal tão doente, fosse presente ao altar onde estava a imagem de São Francisco de Assis, para que fizesse o milagre e salvasse o animal – é também patrono universal do presépio e foi consagrado recentemente patrono dos ecologistas pelo Papa João Paulo II.
Nessa efeméride não é por acaso que se comemora também o Dia Mundial do Animal.
Contudo, o patrono efectivo dos Médicos Veterinários é Santo Elói (588 – 660 DC), de origem galo-romana e que exerceu a profissão de ourives e joalheiro de quem é também padroeiro, destinando os seus lucros aos pobres e à Igreja. Fez-se sacerdote no ano de 639 e foi bispo de Noyon-Tour na actual Bélgica, tendo falecido a 1 Dezembro, data que no calendário litúrgico passou a ser comemorada como dia de Santo Elói.
Assim, a dia 4 de Outubro de cada ano, comemora-se o Dia do Médico Veterinário. Nesta data, em sessão solene, são entregues pela Ordem aos novos Médicos Veterinários os diplomas de compromisso solene perante a Sociedade, do desempenho profissional.
Perfil do Médico Veterinário do Futuro
As ciências veterinárias, como muitos outros ramos da ciência, são caraterizadas por uma evolução extraordinariamente rápida, que conduz à necessidade de uma permanente adaptação por parte das Instituições ligadas ao ensino e investigação veterinárias, que procuram adequar a formação e currículo, para que os profissionais veterinários, a diferentes níveis, possam corresponder com competência às exigências do exercício responsável da profissão.
Dada a importância do papel do Médico Veterinário na Sociedade actual em que está sujeito às mais variadas solicitações, na sua área de actividade, desde a saúde e bem-estar animal, à garantia da qualidade e segurança alimentar, passando pela produção animal, protecção ambiental e uma série de outras razões levaram a que se considere, a nível universitário, a formação generalista do Médico Veterinário como a mais desejável.
A emissão de um diploma pela Universidade conferia o grau Académico de Licenciatura. Com a adaptação ao Processo de Bolonha, transformou-se num mestrado integrado, enquanto que ao fim de três anos é emitido o diploma de licenciatura, sem saída profissional. Pressupõe uma formação científica e técnica consistentes e que seja reconhecida pelo Sistema Europeu de Avaliação (EAEVE/FVE) pois, só assim, a O.M.V. poderá considerar a atribuição da carteira profissional e do título de Médico Veterinário.
A O.M.V. está consciente dos grandes desafios a que os médicos veterinários estão sujeitos, pelo que só com uma boa qualificação e permanente actualização de conhecimentos poderão ser dadas as respostas adequadas. Para tal, é necessário que a Ordem e os Estabelecimentos de Ensino de Medicina Veterinária assumam as suas responsabilidades e cooperem entre si. É dentro deste espírito que a Ordem tem como objectivo promover a formação e a avaliação contínuas dos Médicos Veterinários, através de acções de formação por ela acreditadas e promovidas em cooperação com as universidades e com outras instituições idóneas.